Quem depende do transporte público em Salvador enfrentou dificuldades na manhã desta quarta-feira (30). O Sindicato dos Rodoviários da Bahia promoveu uma mobilização que resultou no atraso de quatro horas na saída dos ônibus de duas garagens da capital, afetando diretamente o deslocamento de milhares de pessoas.
De acordo com o vereador Hélio Ferreira (PCdoB), que representa a categoria, mais de 400 coletivos deixaram de circular nas primeiras horas do dia. “A gente pede a compreensão da população”, declarou o vereador em entrevista à TV Bahia, ao mencionar os bairros mais atingidos pela paralisação parcial.
As garagens afetadas foram a G2, da empresa Plataforma, e a G3, da OT-Trans. Por causa da ação, moradores de regiões como Sussuarana, Tancredo Neves, Castelo Branco, Águas Claras, Pirajá, Campinas e da área da Estação Pirajá foram os mais prejudicados com a ausência dos ônibus nos horários habituais.
A manifestação dos rodoviários faz parte da mobilização da categoria diante do impasse nas negociações da Campanha Salarial. Segundo o sindicato, após quatro rodadas de conversa, os empresários ainda não apresentaram nenhuma proposta. “Não aceitaremos retrocessos nem a exclusão de itens essenciais da nossa pauta de reivindicações”, afirmou a entidade em nota.
A Secretaria Municipal de Mobilidade informou que 69 linhas foram afetadas, entre elas:
1230 – Sussuarana x Barra R1
1225 – Sussuarana x Lapa
1206 – Tancredo Neves x Lapa
1303 – Castelo Branco x Terminal Campo Grande
1701 – Águas Claras x Cajazeiras 7/6 R1
1502 – Pirajá x Brotas
1342 – Estação Pirajá x Ribeira
1511 – Conjunto Pirajá x Engenho Velho da Federação
As linhas prejudicadas ligam importantes bairros e conjuntos residenciais a centros comerciais, terminais e áreas turísticas, como Lapa, Iguatemi, Barra, Praça da Sé e Campo Grande.
A recomendação para os usuários é que busquem alternativas de deslocamento até que a situação seja normalizada, o que deve ocorrer ainda nesta manhã, após o encerramento da paralisação temporária.