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Foto: Reprodução |
A música brasileira perdeu, nesta quinta-feira (1º), uma de suas grandes vozes. A cantora Nana Caymmi faleceu aos 84 anos, no Rio de Janeiro, após passar nove meses internada na Clínica São José, em Botafogo. A artista foi hospitalizada em agosto de 2024 para tratar uma arritmia cardíaca e vinha enfrentando diversas complicações de saúde, agravadas por comorbidades associadas à obesidade.
Filha do lendário compositor baiano Dorival Caymmi e de Stella Maris, Nana foi uma das intérpretes mais respeitadas da música popular brasileira. Dona de uma voz intensa e carregada de emoção, sua trajetória atravessou gerações, construindo uma discografia marcada por profundidade, sensibilidade e rigor artístico.
A cantora completou 84 anos na última terça-feira (29), dois dias antes de sua morte. Segundo familiares, ela sofreu uma overdose de opioides na quarta-feira (30), o que agravou seu já delicado estado de saúde. A informação foi confirmada por seu irmão, o músico Danilo Caymmi, que se pronunciou por meio de um vídeo emocionado nas redes sociais. Ele destacou a luta da irmã contra os problemas de saúde, incluindo a osteomielite — uma infecção óssea severa que surgiu como complicação.
Nana Caymmi iniciou a carreira ainda nos anos 1960 e se consolidou ao longo das décadas como uma das maiores intérpretes do Brasil. Reconhecida por sua entrega emocional e afinação impecável, gravou com nomes como Tom Jobim, Milton Nascimento, e sempre manteve uma postura artística íntegra e independente, muitas vezes à margem dos modismos. Sua voz deu vida a clássicos da canção brasileira, sempre com um estilo único e visceral.
A morte de Nana representa uma perda irreparável para a cultura brasileira. Seu legado, no entanto, permanece vivo na memória afetiva de milhões de ouvintes e na riqueza do repertório que deixou.