Espaço publicitário

EUA sancionam Viviane Barci, esposa do ministro Alexandre de Moraes com a lei magnitsky

Foto: Mariana Campos/CB/D.A Press

O governo dos Estados Unidos, sob a gestão de Donald Trump, incluiu nesta segunda-feira (22) a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, na lista de sanções previstas pela Lei Magnitsky. O instrumento é usado por Washington para punir estrangeiros acusados de envolvimento em corrupção ou violações de direitos humanos.

A decisão foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), vinculado ao Departamento do Tesouro. Com isso, Viviane terá eventuais bens nos EUA congelados e está proibida de manter relações financeiras com pessoas ou empresas norte-americanas. A medida também impede o uso de cartões de crédito de bandeiras dos EUA.

Viviane, de 56 anos, é advogada e sócia da Lex Instituto de Estudos Jurídicos, escritório em São Paulo que também foi alvo da sanção, assim como dois dos três filhos do casal, que figuram como sócios no negócio.

A iniciativa ocorre cerca de dois meses após o próprio Alexandre de Moraes ter sido alvo de sanções semelhantes. Na ocasião, o governo Trump classificou o ministro como “violador de direitos humanos”, acusando-o de liderar uma suposta “campanha de censura” durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. As acusações, no entanto, foram feitas sem apresentação de provas.

No comunicado sobre Viviane, o Tesouro norte-americano limitou-se a afirmar que os novos alvos estão “relacionados a Alexandre de Moraes”, sem fornecer detalhes adicionais.

A medida tem sido interpretada por analistas e pela imprensa internacional como um gesto político de retaliação da gestão Trump em razão da condenação de Bolsonaro pelo STF.