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A primavera de 2025 no Brasil tem início nesta segunda-feira, 22 de setembro, às 15h19 (horário de Brasília), marcando o chamado equinócio, quando dia e noite possuem praticamente a mesma duração. A estação se estende até 21 de dezembro, quando dará lugar ao verão, trazendo consigo mudanças significativas no clima e na paisagem em diferentes regiões do país.
Tradicionalmente conhecida como estação das flores, a primavera é marcada pela transição entre o inverno mais seco e o verão mais quente e chuvoso. Neste período, as temperaturas começam a subir gradualmente em grande parte do território brasileiro, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste. A umidade do ar também tende a aumentar, favorecendo o retorno das chuvas, muitas vezes em forma de pancadas típicas de fim de tarde ou noite. Além da retomada das precipitações, essa época também é propícia para a ocorrência de temporais, acompanhados de ventos fortes e, em alguns casos, até granizo, resultado do encontro entre massas de ar quente e frentes frias.
Os impactos, porém, não são uniformes em todo o país. No Sudeste e no Centro-Oeste, a expectativa é de retorno mais frequente das chuvas, o que ajuda a aliviar o período seco do inverno. No Norte, as precipitações podem ficar acima da média, intensificando o volume de rios e igarapés. Já no Nordeste, o cenário é dividido: enquanto o interior deve enfrentar calor intenso e baixa umidade, a faixa litorânea pode registrar chuvas ocasionais. No Sul, a estação combina momentos de temperaturas mais amenas, com entrada de frentes frias, e períodos de instabilidade marcados por pancadas e trovoadas.
Outro fator que influencia a primavera de 2025 é a atuação do fenômeno climático La Niña, que tende a reforçar alguns padrões: chuvas mais abundantes na Amazônia e no litoral norte do Nordeste, aumento de corredores de umidade no Sudeste e Centro-Oeste e, em contrapartida, precipitações mais escassas no Sul do país. Esse comportamento impacta diretamente setores estratégicos, como a agricultura, já que o início das chuvas é fundamental para o plantio e para a recuperação da umidade dos solos, além de influenciar no abastecimento de água e na geração de energia hidrelétrica.
Do ponto de vista ambiental e paisagístico, a primavera renova a vegetação e intensifica o florescimento em parques, jardins e áreas verdes. Essa transformação, além de simbólica, favorece a fauna, em especial os polinizadores, que encontram maior disponibilidade de flores e frutos. Ao mesmo tempo, em áreas urbanas, a combinação de chuvas intensas e infraestrutura precária pode gerar problemas como alagamentos e deslizamentos.
Com um cenário climático diverso e marcado por contrastes regionais, a primavera de 2025 se apresenta como um período de renovação, mas também de atenção. Enquanto parte do Brasil poderá celebrar a volta das chuvas e das temperaturas mais agradáveis, outras regiões precisarão se preparar para os extremos que a estação pode trazer.